Falar de integridade pública pode soar, à primeira vista, como algo distante ou excessivamente formal. No entanto, ela está presente nas decisões cotidianas de cada servidor público. Por trás dessas escolhas, existe um elemento essencial: a motivação. É ela que diferencia quem cumpre uma tarefa apenas por obrigação de quem a realiza com propósito, orgulho e senso de responsabilidade. O servidor motivado entende que não está apenas “batendo ponto”, mas prestando um serviço essencial à sociedade e contribuindo para um país mais justo, eficiente e ético.
Lideranças éticas, ambientes saudáveis, políticas de valorização, canais de comunicação transparentes e códigos de conduta claros são ferramentas fundamentais para alinhar a motivação individual aos princípios da integridade pública. A própria Constituição Federal, em seu artigo 37, já estabelece os pilares da atuação pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. Leis como a Lei Anticorrupção e os programas de integridade institucional reforçam esse caminho. No entanto, nenhuma norma, por si só, é suficiente, é preciso que seja vivida com consciência e comprometimento.
Quando o servidor está motivado, ele é mais propenso a resistir a pressões indevidas, agir com ética e buscar as melhores soluções para a sociedade. E, quando o ambiente valoriza a integridade, isso alimenta ainda mais a motivação. É uma via de mão dupla. Ser servidor público é, antes de tudo, servir com responsabilidade, ética e coração. A integridade, nesse contexto, deixa de ser apenas uma exigência legal e passa a ser uma escolha diária, impulsionada por um sentimento genuíno de pertencimento e propósito.
Rafael Thompson, presidente da RioLuz